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Missa de sétimo dia do Sr. Sebastião Ramos Cavalcanti conhecido como Paixão do Caboclo


Fui viver uma terna despedida, fui sentir na pele o conceito de bela morte - sem exílio hospitalar ou prolongamento compulsório do tempo da matéria. Fui viver uma morte respeitada nos redutos da casa, na serenidade da presença de familiares de sangue e de amizade, uma morte com padre de cabeceira, procissão e ladainha. Fui viver a beleza de confiar no Céu, a solidariedade e o código de ética de um sem-fim de gente que tem tempo e disposição para servir, para estar à disposição de fato. Fui ter como professora de Filosofia a mais erudita das aulas práticas. A história de Seu Paixão é sobre um povo que não desvia do sofrimento, posto que este deve ser vivido na sobriedade da vida doméstica e da sentinela na calçada. Aprendi que a dor é pertencimento também, antídoto de antropoteísmo e de indiferença à condição humana - quem não tem tempo para a dor apenas forja para si a ilusão mais hedonista. Fui rezar até a última camada de cimento do túmulo de um devoto de Nosso Senhor do Bonfim, fui ver um lugar ficar órfão de um homem e amar o seu legado debaixo de um tamarineiro.- Texto Gabriela Cavalcanti

Ainda consternado com o seu falecimento, os familiares do Sr. Sebastião Ramos Cavalcanti mais conhecido como Paixão do Caboclo  convida todos os familiares e amigos para a missa de sétimo dia que acontecerá nos seguintes horários e igrejas:

Igreja Catedral de Petrolina- 19h:30
Igreja Caboclo- 16h



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