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UPAE e HDM na luta contra o tabagismo

No Dia Nacional de Combate ao Fumo (29 de agosto), a Unidade de Pronto Atendimento e Atenção Especializada e o Hospital Dom Malan, ambos geridos pelo IMIP em Petrolina, chamam a atenção da população sobre a data, instituída em 1986 com o objetivo de promover uma conscientização sobre os riscos decorrentes do uso do cigarro.
Na UPAE, por exemplo, a temática tem sido trabalhada desde o início do mês com o público interno, funcionários e colaboradores, pelo Núcleo de Educação Permanente (NEP) e Serviço Social. Algumas palestras foram realizadas, a equipe distribuiu folders informativos e se reuniu com a equipe do CAPS AD com o objetivo de melhorar o fluxo dos pacientes tabagistas dentro da Rede SUS.
“Tivemos hoje o nosso Dia D, realizando uma abordagem socioassistencial sobre o tema. Enquanto profissional da saúde abordei as doenças decorrentes do uso do cigarro, os malefícios da nicotina e o perigo oferecido aos fumantes passivos. O social teve como foco a apresentação da política nacional de controle do tabagismo. O evento foi bem bacana e participativo”, ressalta a gerente do NEP, Martapolyana Torres.
“Ao mesmo tempo em que mostramos os malefícios do cigarro, deixamos claro que há tratamento na rede pública de saúde. O Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas III [CAPS AD 24 horas] é um serviço específico para o cuidado, atenção integral e continuada às pessoas com necessidades em decorrência do uso de álcool, cigarro e outras drogas, e os tabagistas podem procurar esse serviço em Petrolina para um acompanhamento. É importante ressaltar que o fumante não está sozinho nesta luta”, esclarece a supervisora do Serviço Social, Nazaré Cunha.
Fumo x gestação
Já no HDM, as ações foram voltadas às gestantes pelo perigo do uso do cigarro nesta etapa. O tabagismo na gravidez pode levar a: hemorragias, aborto espontâneo, hipoglicemia, aumento do colesterol, dores de cabeça, trombose, embolia pulmonar e desnutrição. Isso sem falar dos riscos ao feto, que estão relacionados à prematuridade, imaturidade dos pulmões, baixo peso, mutações genéticas, risco de depressão, autismo e morte súbita.
“Os danos do fumo passivo são tão prejudiciais quanto do ativo na gravidez, e não existe uma quantidade segura do uso de cigarros em nenhuma situação. Portanto, é recomendado que a gestante desenvolva o desejo de parar de fumar, busque orientação e um acompanhamento. Um bom momento para a troca de informações é durante o pré-natal”, orienta a diretora de atenção à saúde do HDM, Tatiana Cerqueira.
No pós-parto o fumo também deve ser evitado, pois durante o aleitamento materno, a criança recebe nicotina através do leite, podendo ocorrer intoxicação (agitação, vômitos, diarreia e taquicardia). “O ideal é que a mamãe não volte mais a fumar, pelo seu próprio bem e do bebê”, ratifica a pediatra.
Dados do Tabagismo
O consumo de derivados do tabaco podem causar quase 50 tipos de doenças diferentes. De acordo com o Ministério da Saúde está comprovado que o tabagismo é responsável por 25% das mortes por angina e infarto do miocárdio, 90% dos casos de câncer no pulmão, 25% das doenças vasculares (entre elas, derrame cerebral) e 30% das mortes decorrentes de outros tipos de câncer (de boca, laringe, faringe, esôfago, estômago, pâncreas, fígado, rim, bexiga, colo de útero, leucemia).
Segundo o INCA o Brasil tem prejuízo anual de R$ 56,9 bilhões com o tabagismo. Desse total, R$ 39,4 bilhões são gastos com despesas médicas e R$ 17,5 bilhões com custos indiretos ligados à perda de produtividade, causada por incapacitação de trabalhadores ou morte prematura.

Ascom

Blog Bruno Brito

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