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No Agreste e no Sertão de PE, seca provoca alta no preço dos alimentos


Mesmo com forte comércio e prestação de serviços, a cidade de Garanhuns, uma das maiores do Agreste do estado, está sofrendo com as conseqüências da falta de chuva. Os criadores perdem animais para a fome e a sede, o que reflete no bolso do consumidor. O preços da carne, milho e feijão dispararam nos mercados.
Os produtos vêm das raras áreas irrigadas de Pernambuco. Os comerciantes também costumam comprar de outros estados para não deixar faltar o produto na feira. Até aquelas mercadorias tradicionamente produzidas na agricultura familiar da região Nordeste estão com preços lá em cima, supervalorizadas. “No momento, estamos pegando o feijão mulatinho na região. O carioca e o rosinha estão vindo de Goiás e do Paraná. O milho também", explica o comerciante Manoel Vicente Gomes, ao justificar os preços altos.
A comerciante Adália Lima entende a reclamação dos clientes mas não pode resolver o problema. “Os clientes estão chiando muito, viu? Dizendo que está caro, a mercadoria está fraca e cara. A gente não pode fazer nada porque já compra desse jeito para repassar para o cliente”, declara a vendedora.
As reclamações são direcionadas para os preços de todos os tipos de alimentos, como legumes, verduras, frutas e hortaliças. Todos sofreram um aumento do preço em decorrência da estiagem. “Não tem uma coisa específica, está tudo caro. Não tem mais nada de R$ 2, é tudo R$ 3 ou R$ 4. Está um absurdo”, reclama a dona de casa Maria do Socorro.
O valor da farinha deu um salto e até mesmo a maniva, matéria-prima para o plantio da tradicional mandioca, está faltando na região. “Se chovesse hoje não tinha maniva para plantar. Fica difícil, vai ficar ainda mais cara”, volta a falar Manoel Gomes.
As sementes vêm de Santa Catarina e do Paraná, o que deixa a maniva ainda mais cara pelo pagamento do frete. Assim, a vida dos comerciantes e clientes vai ficando cada vez mais cara durante o período de estiagem.(G1)
Blog Bruno Brito

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