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Sem cisternas, seca agrava em Pernambuco


A pior estiagem dos últimos 50 anos já deixa 70 cidades do agreste e sertão pernambucano em Situação de Emergência. Os dados são da Secretaria Nacional de Defesa Civil, órgão ligado ao Ministério da Integração Nacional. O cenário da crise hídrica agrava nas regiões mais difusas onde o homem do campo precisa percorrer quilômetros em busca da pouca água que tem.

Em Poção, no agreste do Estado, a luta por um pouco que seja de água começa nas primeiras horas do dia. Os moradores já saem de casa carregando baldes. O abastecimento depende de quatro caminhões-pipa que circulam diariamente para atender uma população de quase 12 mil pessoas. "É uma vida sofrida, sofrida mesmo, porque por enquanto o caminhão tá botando." disse a agricultora Cícera Luna do Nascimento.

Esperar por água é a sina dos moradores da região desde novembro do ano passado, quando os reservatórios do município secaram. Sem cisternas para captar água da chuva ou até mesmo para armazenar o que vem do carro-pipa, crianças, adultos e idosos precisam sentir o peso dos baldes durante todo dia para tentar levar água pra casa.

O recurso é tão valioso que quem tem uma cisterna cuida como se fosse um tesouro no fundo do quintal. "Eu coloquei até um telhado pra cuidar bem da minha cisterna porque além de me servir ela serve pra meus vizinhos também", disse a dona de casa Maria da Penha que compartilha sua água com os moradores que seguem sem ter onde armazenar uma gota do líquido.

Segundo o Ministério da Integração Nacional, Pernambuco foi beneficiado até novembro de 2014, mais de 100 mil cisternas de polietileno e placa foram distribuídas no estado para amenizar o reflexo da estiagem, dentro do programa Água Para Todos.
Blog Bruno Brito

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