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Codevasf comemora 42 anos de tempos mais férteis para os Vales

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Nesse 16 de julho é comemorado o aniversário da Companhia de  Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf),  que, ao longo de 42 anos de trabalho, mudou o cenário do norte de  Minas Gerais e do Nordeste brasileiro. Criada em 1974, a Companhia  sucedeu a Superintendência do Vale do São Francisco (Suvale) e a  Comissão do Vale do São Francisco (CVSF).
Vinculada ao Ministério da Integração Nacional (MI), a empresa pública  promove o desenvolvimento e a revitalização das bacias hidrográficas  dos Rios São Francisco, Parnaíba, Itapecuru e Mearim, com a utilização  sustentável dos recursos naturais e a estruturação de atividades  produtivas para a inclusão econômica e social. Para atender à  população em sua área de atuação, nos estados de Pernambuco, Alagoas,  Sergipe, Bahia, Minas Gerais, Goiás, Distrito Federal, Piauí, Maranhão  e Ceará, a Codevasf dispõe de oito Superintendências Regionais e  Escritórios de Representação e de Apoio Técnico.
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“A Codevasf tem por missão desenvolver, com sustentabilidade, as  regiões onde atua. Para isso, executa diversas ações, como os projetos  de irrigação; o Programa Água para Todos, que instalou cisternas para  armazenamento de água no semiárido brasileiro; o Programa de  Revitalização, que tem levado vários projetos de saneamento, melhoria  da qualidade e da quantidade de água para população. A empresa atua,  ainda, no apoio aos Arranjos Produtivos Locais, na recomposição da  ictiofauna e na execução de emendas parlamentares. Além disso, tem  hoje um de seus maiores desafios, que é a operação do PISF, o Projeto  de Integração do Rio São Francisco com as Bacias do Nordeste  Setentrional. É a Codevasf atuando pela promoção da melhoria da  qualidade de vida da população das bacias dos rios São Francisco,  Parnaíba, Itapecuru e Mearim”, ressalta Kênia Marcelino, funcionária  de carreira há 13 anos.
Para revitalização das bacias hidrográficas, a Codevasf já investiu R$  1,85 bilhão. Esses investimentos resultaram em diversas obras e ações  já concluídas, como a construção de 82 sistemas de esgotamento  sanitários; a realização de sete obras de tratamento e destinação  final de resíduos sólidos; a construção de 39 mil barraginhas de  acúmulo de águas superficiais; a recuperação e/ou proteção de 1.177  nascentes recuperadas e/ou protegidas; e a produção de 61 milhões de  alevinos para repovoamento de corpos d’água com espécies nativas.
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O chefe do Centro Integrado de Recursos Pesqueiros e Aquicultura de  Itiúba, em Alagoas, Álvaro Albuquerque, destaca os benefícios desse  trabalho. ?Ao longo da sua história, a Codevasf tem trabalhado para  reprodução de peixes de espécies nativas para soltura em rios,  aguadas, açudes e rios contributivos do São Francisco, visando a  reparar os danos ambientais causados ao meio ambiente por conta do  desmatamento e da construção de barragens e beneficiar as famílias  ribeirinhas, que vivem da pesca e que retiram dela uma maneira de  suprir a sua fonte de proteína a baixo custo?, destaca.
De acordo com o assessor do diretor de revitalização e especialista em  recursos pesqueiros, Albert Bartolomeu, o trabalho desenvolvido pela  Codevasf na área de recursos pesqueiros tem demonstrado um alcance  muito grande.
“Atualmente, a Codevasf domina a tecnologia de reprodução de várias  espécies de peixes. Hoje, já são 35 espécies nativas do São Francisco  sendo reproduzidas em nossos centros. Essa é uma das formas de mitigar  impactos ambientais ao reintroduzir espécies em processo de extinção.  Além disso, por meio dessa tecnologia desenvolvida e aplicada pela  Codevasf, são reproduzidas espécies importantes para aquicultura  comercial ao ponto de a empresa ser responsável por significativos  avanços dessa atividade no Brasil”, avalia.
A partir da década de 1960,  a empresa implementou e consolidou uma  série de projetos de irrigação em várias localidades do Vale do São  Francisco. Segundo dados da Área de Gestão de Empreendimentos de  Irrigação, a agricultura familiar desenvolvida nos projetos públicos  irrigados geridos pela Companhia ocupa uma área de 96,7 mil hectares e  resulta na produção de 3,5 mil toneladas de itens agrícolas, sobretudo  frutas. Hoje, com 42 anos de existência, a Codevasf é referência em  irrigação em todo o país.
Para estimular o uso racional da água na irrigação e proporcionar uma  atividade mais eficiente e sustentável, a empresa estimula os  produtoresa substituirem os sistemas de irrigação menos eficientes,  como os de sulco (superfície), por outros mais eficientes, como os do  tipo localizado (gotejamento e microaspersão). Deusival Saraiva de  Souza mora no perímetro irrigado de Mandacaru, em Juazeiro (BA), com a  mulher e dois filhos desde 1995. Ele comemora os saltos alcançados na  produção de frutas após a mudança do sistema de produção. ?Quando era  o outro sistema de inundação, a gente já não estava produzindo quase  nada. Depois que trocou o sistema e colocou por gotejamento, os  benefícios foram muitos e a produção melhorou demais?, conta.
Ao longo da trajetória, a Codevasf levou uma variedade de ações de  inclusão produtiva rural a milhares de famílias de agricultores  residentes no semiárido brasileiro, região que é o foco da maior das  ações do Plano Brasil sem Miséria. A empresa promoveu a inclusão  produtiva dessas famílias por meio do fomento a atividades como  apicultura, piscicultura, maricultura, ovinocaprinocultura,  cajucultura, entre outras.
O diretor-presidente da Associação de Apicultores de Campo Maior  (Apicam), Sebastião Costa Melo, conta que a produção melhorou bastante  com o apoio da Codevasf. ?A gente teve uma captura de enxames boa e a  produção também foi satisfatória. Cada colheita está dando uma média  de um litro por favo, o que está rendendo entre 10 a 20 litros de mel  por colmeia. Está todo mundo satisfeito com as vendas. Eu acredito que  não existe atividade mais promissora do que a apicultura?, relata.
Desde 2014, a Codevasf tem um novo desafio como Operadora Federal do  PISF, o Projeto de Integração do Rio São Francisco com as Bacias do  Nordeste Setentrional. Cabe à Companhia receber a infraestrutura  implantada pelo Ministério da Integração Nacional ao longo do projeto  (canais, estações de bombeamento, equipamentos eletromecânicos, entre  outros) para exercer as atividades de gestão, operação e manutenção  das estruturas. O PISF busca proporcionar segurança hídrica a 12  milhões de pessoas em 390 municípios dos estados de Pernambuco, Ceará,  Paraíba e Rio Grande do Norte.
Blog Bruno Brito

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