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NOTA DE PESAR- "BASTA DE VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES" DIZ ADALBERTO CAVALCANTI SOBRE ASSASSINATO DA JOVEM AFRANIENSE.


No último sábado (11 de abril) a sociedade afraniense foi surpreendida com a informação do assassinato da jovem Kezzia Homelly, vitimada por golpes de arma branca por seu companheiro, que segundo relatos não aceitava o fim do relacionamento, e que num ato exacerbado de machismo, não lhe deu chances de defesa. Nossa jovem, no auto de seus 32 anos e mãe de três filhos, deixa uma lacuna enorme no seio de sua família, e um vazio na vida dos seus amigos.

Gostaríamos de nos solidarizar com os familiares da senhora Tânia, mãe de Kezzia, e com todos os  familiares da mesma, nos colocando à disposição para ajudar naquilo que for do nosso alcance.

Kezzia Homelly foi vítima de feminicídio, termo característico para crimes de ódio baseado no gênero ou por violência doméstica contra as mulheres, definido a partir da Lei Federal nº 13.104/2015, que mudou o artigo 121, do Código Penal Brasileiro.

Nos últimos anos, mesmo com o advento de lei específica, percebemos um aumento considerável de mulheres sendo vítimas desse tipo de violência, seja em casa, pelo marido ou companheiro, seja em outros espaços sociais, por atos de misoginia. Segundo levantamento do site G1 e da revisa Carta Capital, “o número de mulheres assassinadas por crime de gênero em 2019 aumentou 7,3% em relação a 2018, o que totaliza em 1314 casos de feminicídio no Brasil no ano passado. Os dados foram contabilizados pela plataforma Monitor da Violência do portal G1, que recebeu os números das Secretarias de Segurança Pública dos estados”. A sociedade brasileira e mais ainda da região Sanfranciscana não pode se calar perante tais atrocidades.

A sociedade afraniense também precisa se manifestar. Nisso, precisamos construir diálogos com as entidades religiosas evangélicas e católicas, para que esse debate chegue no seio das famílias. O machismo que impera na mente de muitos homens precisa ser vencido. Atos de misoginia que estão presentes na rotinas das conversas e das ações das pessoas também precisam ser revisitadas. Não podemos ficar isentos e calados perante essa situação. Precisamos nos posicionar contra qualquer ato discriminatório e de violência contra as mulheres, porque somos pais, maridos e irmãos, e para além disso, somos humanos e nossa humanidade deve transcender a esse entendimento de que o gênero masculino é superior ao gênero feminino.

As políticas de igualdade de gênero e a criação de secretarias ou subsecretarias específicas para tratar das questões relacionadas as mulheres, além de políticas públicas de capacitação e formação, precisam entrar na pauta do governos. Precisamos dar um basta a esta situação. Precisamos debater esse sentimento perverso de posse que alguns homens mantém, dizendo um não ao machismo.

Que nossos sentimentos de condolências sejam marcados pela construção de um debate sobre tais atitudes na nossa querida Afrânio e na região do Vale do São Francisco.

Adalberto Cavalcanti Rodrigues

Blog Bruno Brito

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