O
representante do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud),
Jorge Chediek, disse que o Brasil conseguirá cumprir uma das principais
promessas da presidenta Dilma Rousseff e tirar toda a população da pobreza
extrema. Ele falou depois de conhecer o estudo Vozes da Nova Classe Média,
divulgado hoje (29) pela Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) da
Presidência da República. Segundo ele, as políticas do governo brasileiro para
a nova classe média influenciarão a Organização das Nações Unidas (ONU).
“Vemos que políticas públicas sociais e econômicas farão com que o
Brasil atinja o resultado de 100% de redução da pobreza extrema. E a ONU tem um
compromisso assumido de combate à pobreza. Pensamos muito nisso, mas [pensamos]
pouco no ponto de chegada, que é a classe média. É muito útil o Brasil estar
pensando neste ponto de chegada”, disse o representante do Pnud.
Ministro da SAE e presidente do Instituto de Pesquisa Econômica e
Aplicada (Ipea), Marcelo Neri disse que “o fim da miséria é apenas o começo”.
Segundo ele, a desigualdade teve uma “queda espetacular”, após o índice de Gini
ter caído de 0,64 para 0,54 nos últimos dez anos. Este índice, pelo qual zero
representa a igualdade total de renda, é um dos mais usados para comparações
socioeconômicas entre países.
“Em 2012, mesmo com [baixo crescimento do PIB] o chamado Pibinho,
35% das pessoas subiram [de nível social], enquanto 14% caíram. Isso mostra que
o país vive mais prosperidade e oportunidade, e menos desigualdade”,
acrescentou o ministro Marcelo Neri, após apontar a Carteira de Trabalho como
maior símbolo da classe média.
Para Jorge Chediek, os números apresentados pelo estudo “são
impressionantes”. Ele avalia que a formalização do emprego foi fundamental para
os bons resultados. “O que mais melhorou a situação do país foi a criação de
empregos. [Também] por isso é muito importante conhecer a classe média”,
acrescentou. “A presidenta Dilma Rousseff disse que quer fazer do Brasil um
país de classe média. Queremos influenciar a política e ampliá-la para fazer,
também do mundo, um mundo de classe média”
O estudo Vozes da Nova Classe Média mostra a contribuição do
empreendedor para a expansão da nova classe média brasileira. Tem como um dos
destaques o aumento na formalização dos empregos. Entre as conclusões que se
pode tirar com base no estudo está a de que 40% dos postos de trabalho
disponíveis foram gerados a partir de pequenos negócios.
Dos 15 milhões de novas vagas abertas entre 2001 e 2011, 6 milhões
foram criadas pelos empreendimentos de pequeno porte. Além disso, 95% delas são
empregos formais. Ainda de acordo com o estudo, 39% do total de remunerações do
país estão relacionadas a pequenos empreendedores – volume que supera os R$ 500
bilhões por ano.
Fonte: Agência Brasil
Blog Bruno Brito
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