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Chance do ministro FBC ingressar no PT seria de 70%




A antecipação do debate eleitoral nacional, com a provável candidatura presidencial do governador Eduardo Campos (PSB) tomando corpo, tem obrigado o PT pernambucano a pensar em alternativas para a disputa sucessória do próprio socialista. No fim de semana, inclusive, a corrente Movimento PT, comandada pelo deputado federal Fernando Ferro, defendeu a tese da postulação própria. E é justamente o ministro Fernando Bezerra Coelho, atualmente no PSB, que aparece na bolsa de apostas petistas como o melhor nome para a disputa que se avizinha.
Um importante membro do comando partidário em Pernambuco cravou, na última segunda-feira (22), em reserva, que as chances do ministro deixar o PSB para disputar o governo do Estado pelo PT estão, atualmente, na casa dos 70%. FBC ainda não teria uma segurança plena de que o movimento terá sucesso, devido à força eleitoral e administrativa que o governador Eduardo Campos exibe.
Contudo, um outro petista, também em reserva, indica que o PSB praticamente deu a senha para FBC rumar para o PT. O atento observador ressalta que a declaração à Rádio Folha FM 96,7 do prefeito de São Lourenço da Mata, Ettore Labanca (PSB), de que Bezerra Coelho é fraco eleitoralmente teria mexido muito com os brios do auxiliar da presidente Dilma Rousseff (PT).
FBC se considera fundamental para a vitória de Eduardo em 2006, quando muitos partidos e lideranças pernambucanas torciam o nariz para a postulação do socialista. O ministro avalia, segundo informações de bastidores, que sem o seu apoio político e sem a sua ajuda na captação de recursos aquela candidatura estaria fadada a morrer na casa do um dígito.
Ainda pesaria para Fernando Bezerra Coelho o entendimento de que as suas chances de brigar pelo Palácio do Campo das Princesas pelo próprio PSB seriam próximas de zero. O governador Eduardo Campos estuda meticulosamente o nome que representará o seu partido e tem, pelo menos, quatro nomes na frente de FBC.
Outro ponto que pode ser determinante para a escolha do ministro é o fato de que, com a necessidade de diminuir o poder de fogo do governador Eduardo Campos em seu próprio Estado, a presidente Dilma e o PT apostariam muitas fichas, inclusive a financeira, na postulação de Bezerra Coelho. Uma certeza que lhe teria sido repassada pela própria chefe do Executivo nacional. Esse é mais um elemento interessante de uma eleição que promete ser a mais acirrada dos últimos anos. (Folha PE)
Blog Bruno Brito

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