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Compartilhar Postagem. Brasil terá 10 milhões de testes da Covid-19

 (Foto: Elza Fiúza/Arquivo Agência Brasil)
O governo deve enviar 5 milhões de kits para todos os estados até o próximo domingo, disse o secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson Kleber de Oliveira, em coletiva à imprensa.
O Ministério da Saúde anunciou, ontem, que pretende distribuir 10 milhões de testes laboratoriais rápidos para diagnóstico da Covid-19, doença que resultou em uma pandemia que já matou 18 brasileiros, até o momento, além de 1.128 outros casos confirmados. O governo deve enviar 5 milhões de kits para todos os estados até o próximo domingo, disse o secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson Kleber de Oliveira, em coletiva à imprensa.
Até agora, foram oferecidos 27 mil — 17 mil na semana passada e 10 mil neste fim de semana. Com o reforço, pessoas com indícios leves de que tenham sido infectadas pelo novo coronavírus também poderão ser testadas, não apenas as que apresentam sintomas graves, como tem sido até agora. “Vai aumentar muito a velocidade de diagnóstico em todo o Brasil”, prevê Wanderson, sem especificar a data de entrega dos outros 5 milhões. Disse apenas que acontecerá “nas próximas semanas”.
O número de kits, no entanto, ainda não será suficiente para seguir por completo a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), de que o exame seja feito em massa. Quem não apresentar nenhum sintoma de Covid-19 não será testado. “Não há insumos suficientes no Brasil para realização de testes de forma indiscriminada”, explicou o secretário de Vigilância em Saúde.
Além de aumentar o alcance dos exames, o governo quer, “em breve”, implementar uma estratégia similar à usada pela Coreia do Sul, que instalou “drive thrus” para testagem. Assim, as pessoas vão poder fazer o exame sem sair do carro, para evitar o contágio nos postos de saúde. “Esses processos estão em curso, para ficarem disponibilizados nas próximas semanas”, anunciou Wanderson.
Os novos testes, que serão adquiridos a partir de agora, serão sorológicos, como os que são usados para medir a glicemia. Depois da coleta de uma pequena amostra do sangue do paciente, o resultado deve sair em minutos. Eles serão destinados prioritariamente a unidades básicas de saúde.
Parcerias
Wanderson disse ter conversado com representantes de laboratórios públicos e privados, que chegaram à mesma conclusão: de que a indústria mundial “está sendo pressionada” pela demanda e ainda não tem condições de produzir na escala necessária. “Os grandes produtores de insumo estão aumentando a sua capacidade, mas ainda não em quantidade suficiente para abastecer todos os mercados”, afirmou.
O governo busca doações e parcerias com empresas para conseguir fazer frente ao gasto com os novos testes — que, se chegarem aos 10 milhões pretendidos, vão custar R$ 750 milhões. Cada um custa R$ 75. O ministério tem conversado, por exemplo, com a mineradora Vale. “Caso isso não seja possível, vamos fazer a aquisição com recursos do ministério”, afirmou.(Diário de Pernambuco)

Blog Bruno Brito

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